Inseguros em relação ao emprego, os maceioenses consumiram 5,62% a menos em janeiro deste ano, quando comparado com o mesmo período do ano passado. A avaliação e os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio/AL), e foram divulgados na última terça-feira (4).
A pesquisa do Índice de Consumo das Famílias (ICF), desenvolvida pelo Instituto Fecomércio-AL em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou que o consumo até teve uma leve alta, quando comparado com o mês anterior. Avançou 1,1% na variação mensal.
Todavia, a mesma pesquisa evidencia que, em termos de renda, a sensação em janeiro é de que o poder de compra, comparado ao mesmo mês do ano anterior, é 2,2% menor. De acordo com a Fecomércio, o fato da inflação de 2019 encerrar acima do mesmo período de 2018, 4,31% ante 3,75%, explica a redução do poder aquisitivo.
O economista da Fecomércio, Felippe Rocha, explica que o crescimento do consumo de novembro a janeiro tem como um dos principais fatores o 13º salário dos funcionários e o saque imediato do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Quando o assunto é segurança do maceioense em relação ao próprio emprego, este sub indicador caiu 0,3%. Insegurança no presente, esperança no futuro. De acordo com o economista, embora as pessoas não estejam se sentindo seguras em seus postos de trabalho, estão mais confiantes com o futuro. “A perspectiva de melhora profissional, no longo prazo, teve alta de 1,1%”, avalia.