As vendas de etanol hidratado nos postos alagoanos aumentaram 116% no ano passado, na comparação com 2018, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado nesta terça-feira, 18. De acordo com os dados, foram comercializados no estado 7,2 milhões de litros do combustível derivado da cana no ano passado, contra 3,3 milhões de litros vendidos em 2018.

 

Já a venda de gasolina comum avançou 1% na passagem de um ano para o outro, saindo de 33,5 milhões de litros em 2019, para 33,8 milhões de litros no ano passado. Segundo a ANP, o crescimento nas vendas de etanol foi motivado, em grande parte, pelo ganho de competitividade em relação à gasolina  nos estados com maior consumo e produção do combustível de cana.

 

O levantamento da ANP mostra também que as vendas de óleo diesel avançaram 14% em 2019, atingindo 27 milhões de litros. Já as vendas de gás liquefeito de petróleo (GLP), o popular gás de cozinha, recuaram 2% no ano passado, atingindo 14,5 milhões de litros.

 

Em todo o País, o consumo de etanol hidratado em 2019 teve alta de 16,2% na comparação com o ano anterior. Foram consumidos no país 22,5 bilhões de litros de etanol hidratado em 2019, ante 19,4 bilhões em 2018. A venda da gasolina C  registrou uma retração de 0,56% na comparação com 2018. O etanol anidro (misturado à gasolina), também teve essa ligeira queda de desempenho. A redução das vendas foi igualmente de 0,56%. De outro lado, houve crescimento de óleo diesel B (2,97%) e biodiesel (8,61%). Nesse segundo caso, o aumento já era esperado. Em setembro do ano passado, a ANP aprovou um aumento do percentual de adição de biodiesel ao óleo diesel.

 

Segundo o diretor da ANP, Felipe Kury, a expectativa é que a tendência de crescimento se mantenha em 2020 e acompanhe a economia do país. “Se a economia crescer a 2 ou 3%, você terá o reflexo disso na venda de derivadas. Não tenho dúvidas disso. A principal preocupação são os gargalos de infraestrutura. Não é tanto a oferta de produto. Será que a infraestrutura logística suporta um crescimento de 2 a 3%? Será que portos, ferrovias, rodovias estão preparadas para escoar a produção? Essa é uma questão importante, mas acho que o governo está tratando disso com bastante afinco e dedicação”, disse.

 

Os dados da ANP também revelaram uma queda na comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP) de 0,3%. Também houve redução, de 2,57%, nas vendas de querosene de avião. A ANP avalia que a suspensão das operações da Avianca no Brasil impactaram nos negócios.

 

O óleo combustível também sofreu queda de 18,25%. “Saiu de 2,312 bilhões de litros para 1,890 bilhões de litros em função da continuidade do processo de substituição tecnológica por combustíveis mais limpos”, diz a ANP.

 

Fonte: Gazeta Web

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